Uma mulher agrediu uma universitária em frente a uma faculdade particular em Manaus, na noite da última segunda-feira (9). O incidente teria sido motivado por supostas ofensas racistas feitas pela estudante contra o filho da agressora, que trabalha na instituição.
Testemunhas relataram que a universitária teria chamado o filho da mulher de “macaco” em frente à Faculdade Metropolitana de Manaus. Um vídeo gravado no local mostra a agressora gritando “respeita meu filho” enquanto batia na estudante, que tenta se defender.
Uma terceira mulher também aparece participando da agressão, utilizando um capacete. Em seguida, uma pessoa tenta contê-la, mas a mulher se desvencilha e reafirma a acusação de racismo: “Me solta! Ela chamou meu filho de macaco”.
O filho da agressora, fez um pronunciamento nas redes sociais afirmando que foi alvo de racismo. "Fui a vítima do racismo em pleno século 21, que existem pessoas racista assim. A minha mãe fez o que fez, uma coisa que qualquer uma mãe faria pelo seu filho", disse ele.
Emocionado, o jovem descreveu seu estado psicológico. "Tô abalado psicologicamente, tô mal. A minha mãe agiu para me defender, para defender a cria dela", declarou.
Segundo o advogado Jorge Vicente Borges Lira Júnior, que representa a família da vítima, embora não justifique a violência, é crucial entender o "contexto de indignação e dor" que motivou a reação da mãe. Ele enfatiza que "não deixaremos nenhum tipo de racismo impune" e que todas as medidas legais cabíveis já foram iniciadas.
A Faculdade Metropolitana de Manaus emitiu uma nota repudiando "qualquer ato de racismo, agressão ou comportamento que fira os princípios de respeito e convivência ética". A instituição afirmou estar apurando os fatos e que tomará as medidas cabíveis para garantir a integridade e segurança de sua comunidade acadêmica.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que um Boletim de Ocorrência (BO) por lesão corporal foi registrado e será encaminhado ao 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para investigação.
A CNN tenta contato com a suspeita e o espaço segue aberto para manifestações.